sábado, 7 de fevereiro de 2009

actividade 2


A construção colectiva do glossário relativo à cultura digital levantou-me principalmente questões de ordem linguística. Dúvida imediata que se levantou à maior parte dos colegas, eu incluído, foi a de se se devia traduzir as entradas ou não. Uma perspectiva purista da língua defenderia que sim, contudo, como sabemos, as línguas são vivas e estão em constante mutação, acompanhando o mundo a par e passo. Não se coloca aqui a questão da tradução ser fácil ou viável, mas a necessidade do código linguístico acompanhar novos hábitos laborais e culturais, pois as línguas fazem-nas toda a gente e não apenas os autores dos dicionários e das gramáticas, documentos de referência e de estudo, verosímeis, mas não verídicos. E verídica é, por exemplo, a frase “carrega no delete”, discurso em que a palavra é usada com propriedade e com um significado português, “botão associado à função de apagar presente nos teclados e ecrãs dos computadores” e não “apagar”, primeiro significado da palavra na língua inglesa. A partir do momento em que as palavras entram nas nossas frases sem que as estranhemos passam a fazer parte da nossa língua. Olhando para o glossário e partindo desta premissa é visível a diferença, por exemplo, entre “blog”, “password” ou “pc” e “personalization”, “photo-sharing services” ou “civic activism online”.
(imagem retirada de www.jblog.com.br)

Sem comentários:

Enviar um comentário